"Sentimentos à Deriva"
de Yves Simon

2ª Edição de 2004
DIFEL Editorial
262 Páginas

Onde estão as nossas paixões? Neste romance correm os ruídos do nosso mundo, com as suas fracturas, os seus dramas, as suas erupções de liberdade. Escuta-se nele, sobretudo a melodia amorosa de Marianne e Simon, duas pessoas que tentam inventar uma paixão que nunca acabe.
Armado de estranhas feridas que lhe surgem na memória, Simon, o sonhador, gosta das cidades ao crepúsculo. Quanto a Marianne, gostaria de reencontrar o gosto dos sentimentos solenes e imóveis. Mas os sentimentos de ambos, tal como os continentes, andam à deriva...
Travaremos também conhecimento com o misterioso Kaspar George Becker (K.G.B.) que está a escrever um romance atravessado pelas convulsões da antiga Europa, e, ainda, a senhora Dior, porteira excêntrica, Rosa, a frágil, Marcella, e Lucien, o garotinho que acredita em milagres e espera pelos cisnes selvagens.
Este livro é uma variação melancólica sobre a narração literária, onde o narrador quer acreditar que as histórias imaginadas por si poderão transformar a vida e os seres que a atravessam.

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Yves Simon é um cantor e compositor francês, depois escritor.

Seu pai é ferroviário em Contrexéville (Vosges), sua mãe é garçonete e depois enfermeira. Seus pais lhe deram um acordeão diatônico quando ele tinha oito anos.

Depois do bacharelado, matriculou-se na faculdade de letras de Nancy e, aos 19 anos, foi para Paris para se matricular na universidade e se preparar para o vestibular do IDHEC (escola de cinema). Depois de se formar em letras, viajou para a Europa e os Estados Unidos.

Gravou dois discos de 33 rpm em 1967 (Não se preocupe menina) e em 1969 (La Planète endormie), que passaram despercebidos.

Ao mesmo tempo, ele escreve romances. Em 1971, Les Jours en couleurs foi publicado, seguido por L'homme arc-en-ciel. Estes são sucessos. Foi trabalhar para a revista Actuel e para a rádio Europe 1.

Em 1972, lançou um 45 rpm: Les Gauloises bleues. Ele abrirá para Georges Brassens. Em seguida, Maxime Le Forestier e Philippe Chatel.

Os sucessos serão então vinculados tanto em discos (No País das Maravilhas de Julieta, Grande Prêmio da Academia de Registros, etc.) quanto em romances. Mesmo assim, no final de 1977, abandonou os palcos, o que consumia muito de seu tempo e energia. Em 1978, Yves Simon produziu o 45 rpm de Patrick Dewaere. Continuou a compor com um ritmo menos sustentado e preferiu dedicar-se sobretudo à literatura, o que lhe garantiu uma reputação aclamada pela crítica (Prix des Libraires em 1988 e depois Prix Médicis em 1991) e sucesso de público.

Em 1999, publicou Intempestives que produziu com Michel Coeuriot. O álbum é caracterizado por arranjos orquestrais e pela mistura de sons de rock, clássicos e árabes.

Em 2007, publicou Rumeurs, um álbum com tons melancólicos e tons despojados. Ali divide o microfone com Françoise Hardy em Aux windows de ma vie, que fala da passagem do tempo, tema que continua na nostálgica This Child, Les Embruns de la Jeunesse.

Em 12 de março de 2008, trinta anos depois, voltou aos palcos do Olympia, para um concerto de mais de 2 horas.

Em 2011, foi membro do júri do prémio Françoise-Sagan. No mesmo ano, lançou La Compagnie des femmes - Prêmio Erckmann-Chatrian 2011 e An Ordinary Man (história).

Tem como companheira a pintora, fotógrafa e atriz Patrice-Flora Praxo. Yves Simon dedicou-lhe um título no álbum Rumeurs.

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