Profissional
Tipo: Romance
Descrição
Sete Espigas Vazias (1.ª edição) - Garibaldino de Andrade
Ilustrações de Manuel Ribeiro de Pavia
Do livro Sete Espigas Vazias, um grande romance sobre o Alentejo, um romance injustamente esquecido de um autor injustamente esquecido, transcreve-se:
"Desde a guerra de Espanha que Joaquim atravessava a fronteira. Era a hora dos negócios pingues. Nas feiras, os marchantes não tinham mãos a medir. Lavradores de carteira farta compravam gado a olhos fechados. Terras que deviam andar a pão, ficavam para pastos. De noite, horas mortas, os cascos entrapados, os animais transpunham a linha convencional que separa os dois países. Ali, vendiam-se maços de cigarros e pães de trigo duvidoso por um punhado de pesetas. Homens famintos, olhos ardendo em febre, atravessavam o Chança e o Guadiana e metiam-se às estradas, esmolando e roubando. Vilas quietas, adormecidas na planície, foram invadidas por chusmas de engraxadores e vendilhões de tuta e meia. Mulheres e raparigas, algumas quase crianças, entregavam-se a quem lhes enganasse a fome. Contrabandistas, pela calada da noite, pelo pinto do meio-dia, a toda a hora, rindo-se dos guardas-fiscais e iludindo os carabineiros, carreavam víveres, roupas, tralha de toda a espécie. Às vezes soavam tiros e caíam homens mortos. Mas isso não importava. Nos caminhos sinuosos ao longo da raia, agitava-se uma humanidade inquieta, que perdera a fé, a lei e a esperança, que é o rumo do futuro."
Livro em bom estado geral (capa ratada ao fundo), editado pela Orion, 1.ª edição de 1955 '?'. Tem 363 páginas mais índice.
PORTES GRÁTIS ou em mão na zona de Carcavelos.
Ilustrações de Manuel Ribeiro de Pavia
Do livro Sete Espigas Vazias, um grande romance sobre o Alentejo, um romance injustamente esquecido de um autor injustamente esquecido, transcreve-se:
"Desde a guerra de Espanha que Joaquim atravessava a fronteira. Era a hora dos negócios pingues. Nas feiras, os marchantes não tinham mãos a medir. Lavradores de carteira farta compravam gado a olhos fechados. Terras que deviam andar a pão, ficavam para pastos. De noite, horas mortas, os cascos entrapados, os animais transpunham a linha convencional que separa os dois países. Ali, vendiam-se maços de cigarros e pães de trigo duvidoso por um punhado de pesetas. Homens famintos, olhos ardendo em febre, atravessavam o Chança e o Guadiana e metiam-se às estradas, esmolando e roubando. Vilas quietas, adormecidas na planície, foram invadidas por chusmas de engraxadores e vendilhões de tuta e meia. Mulheres e raparigas, algumas quase crianças, entregavam-se a quem lhes enganasse a fome. Contrabandistas, pela calada da noite, pelo pinto do meio-dia, a toda a hora, rindo-se dos guardas-fiscais e iludindo os carabineiros, carreavam víveres, roupas, tralha de toda a espécie. Às vezes soavam tiros e caíam homens mortos. Mas isso não importava. Nos caminhos sinuosos ao longo da raia, agitava-se uma humanidade inquieta, que perdera a fé, a lei e a esperança, que é o rumo do futuro."
Livro em bom estado geral (capa ratada ao fundo), editado pela Orion, 1.ª edição de 1955 '?'. Tem 363 páginas mais índice.
PORTES GRÁTIS ou em mão na zona de Carcavelos.
ID: 635303994
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Publicado 14 de agosto de 2025
Sete Espigas Vazias - Garibaldino de Andrade
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