Particular
Descrição
Figura representando o São João Baptista com 27,5 cm em tom crú ou natural (não pintado) da autoria Ana Baraça
A autoraAna Lopes Gonçalves Valada, vulgo Ana “Baraça”, nasceu, em Galegos Sta. Maria, a 26 de Maio de 1904. Na feira de Barcelos, juntamente com os seus pais, vendia o pequeno e modesto figurado a 10 réis cada peça.Devido às dificuldades económicas viu-se, temporariamente, afastada do barro quando foi servir na lavoura, até aos dezassete anos. Esta razão influenciou bastante as temáticas e estéticas que, mais tarde, utilizou nas suas criações.Casou, a 28 de Maio de 1935, com Manuel Pereira, também ele oleiro e rodista Também porque usava uma “baraça” nas calças no lugar de um cinto. O apelido “pegou” e, indexado a “Ana”, consagrou-se no artesanato barcelense.Depois de casada, dedicou-se à feitura de galos, durante cinco anos, que pintava cautelosamente com a ponta de um prego, método que manteve em segredo bastante tempo.Tornou-se uma das maiores criadoras deste tipo de artesanato na região com peças, essencialmente, ligadas à agricultura, tais como juntas e carros de bois e arados. Modelava tudo o que a rodeava, de uma forma terna, mas carregada de simbolismo e expressão única. Os seus métodos de trabalho eram puramente artesanais e de uma grande singeleza. O barro tratado manualmente com a enxada, a criação das figuras feitas à mão, sem a ajuda de qualquer molde, o forno de cozedura bastante primitivo, em pedra e a lenha, a veracidade das suas pinturas manuais, muito coloridas e atractivas, foram elementos que caracterizaram a arte desta artesã.Figura tutelar do artesanato barcelense, referência artística, Ana “Baraça”, aos 81 anos, foi condecorada pelo Presidente da República, a 8 de Março de 1985, com o grau de Oficial do Infante D. Henrique, em homenagem à sua vida e obra artística. Ana “Baraça” era uma mulher alegre, com um sorriso permanente, irradiadora de uma confiança e autonomia incrível.Faleceu, a 27 de Março de 2001, com quase 97 anos, deixando para trás uma vida feita de “barro”. Deu ao figurado de Barcelos uma projecção única, só comparável à acção de Rosa “Ramalho” e Rosa “Côta”.A criatividade e simplicidade desta mulher do povo, campestre e humilde, marcaram uma expressão artística muito própria, ainda hoje referencial numa das famílias consagradas da arte popular – os “Baraças”, nome que ela própria imortalizou e legou ao artesanato local (in catálogo da Olaria de Barcelos)
A autoraAna Lopes Gonçalves Valada, vulgo Ana “Baraça”, nasceu, em Galegos Sta. Maria, a 26 de Maio de 1904. Na feira de Barcelos, juntamente com os seus pais, vendia o pequeno e modesto figurado a 10 réis cada peça.Devido às dificuldades económicas viu-se, temporariamente, afastada do barro quando foi servir na lavoura, até aos dezassete anos. Esta razão influenciou bastante as temáticas e estéticas que, mais tarde, utilizou nas suas criações.Casou, a 28 de Maio de 1935, com Manuel Pereira, também ele oleiro e rodista Também porque usava uma “baraça” nas calças no lugar de um cinto. O apelido “pegou” e, indexado a “Ana”, consagrou-se no artesanato barcelense.Depois de casada, dedicou-se à feitura de galos, durante cinco anos, que pintava cautelosamente com a ponta de um prego, método que manteve em segredo bastante tempo.Tornou-se uma das maiores criadoras deste tipo de artesanato na região com peças, essencialmente, ligadas à agricultura, tais como juntas e carros de bois e arados. Modelava tudo o que a rodeava, de uma forma terna, mas carregada de simbolismo e expressão única. Os seus métodos de trabalho eram puramente artesanais e de uma grande singeleza. O barro tratado manualmente com a enxada, a criação das figuras feitas à mão, sem a ajuda de qualquer molde, o forno de cozedura bastante primitivo, em pedra e a lenha, a veracidade das suas pinturas manuais, muito coloridas e atractivas, foram elementos que caracterizaram a arte desta artesã.Figura tutelar do artesanato barcelense, referência artística, Ana “Baraça”, aos 81 anos, foi condecorada pelo Presidente da República, a 8 de Março de 1985, com o grau de Oficial do Infante D. Henrique, em homenagem à sua vida e obra artística. Ana “Baraça” era uma mulher alegre, com um sorriso permanente, irradiadora de uma confiança e autonomia incrível.Faleceu, a 27 de Março de 2001, com quase 97 anos, deixando para trás uma vida feita de “barro”. Deu ao figurado de Barcelos uma projecção única, só comparável à acção de Rosa “Ramalho” e Rosa “Côta”.A criatividade e simplicidade desta mulher do povo, campestre e humilde, marcaram uma expressão artística muito própria, ainda hoje referencial numa das famílias consagradas da arte popular – os “Baraças”, nome que ela própria imortalizou e legou ao artesanato local (in catálogo da Olaria de Barcelos)
ID: 635273221
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Publicado 22 de abril de 2024
São João em cru da Ana Baraça (estado impecável)
100 €
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