Travessa oitavada Cavalinho Rosa da Real Fábrica de Sacavém, Século XIX.

Depois da primeira gerência da Fábrica de Sacavém por Manuel Joaquim Afonso, reconhecido na indústria de cerâmica portuguesa, contava com um capital de experiência de cerca de uma década, com a Fábrica da de Vidros da Marinha Grande (mil oitocentos e quarenta e oito), Fábrica de Vidro na Rua das Gaivotas (mil oitocentos e cinquenta e quatro); fábrica de loiça no Beco do Carrasco, números cinco e oito e outras oficinas na Rua do Poço dos Negros, cento e um (a partir de mil oitocentos e cinquenta e seis), a fábrica passa para mãos inglesas.

John e William Stott Howorth e a Real Fábrica de Louça e Azulejos em Sacavém (período de mil oitocentos e sessenta e três e mil oitocentos e noventa e três). Os irmãos Howorth, em parceria com outros ingleses, renovam o estilo inicial da fábrica. Oriundos da região de Stoke-on-Trent, com cidades especializadas e envolvidas na produção de cerâmica, que nos séculos XVIII e XIX afirmaram a a loiça inglesa em todo o mundo e em Portugal.

Registos de John Howorth referem, numa carta de 4 de agosto de 1885: “já mandei fazer o serviço com nome, não mandei fazer oitavado por ser já muito antigo e feio, mandei fazer oval e de um padrão muito bonito.”

Estima-se entre os carimbos e os registos de John Howorth que esta travessa seja anterior a 1885.

Travessa usada ao longo dos anos, apresenta as marcas de uso, as "rugas do tempo e da vida". Muito bom estado de conservação.

Entrega em mãos junto à Assembleia da República.