François Michel-Marie Carquillat (1803/1884): «Visita de Dom le Duc D'Aumale à Croix-Rousse, no ateliê de M. Carquillat»,
depois de Joseph-Marie Jacquard (1752/1854), executado em 24 de agosto de 1844 Didter Petit et cie, Lyon, desenhado por A. Manin e tecido por M. Carquillat, esta rara imagem tecida em seda feita em um tear Jacquard usando o método de tecelagem de cartão perfurado, retrata a visita do Duque de Aumale com sua comitiva à Croix-Rousse situada em Lyon, na oficina de M. Carquillat no co

Joseph-Marie Jacquard (1752/1834), foi um inventor francês do tear Jacquard, que serviu de impulso para a revolução tecnológica da indústria têxtil no distrito de Croix-Rousse, em Lyon - o centro do comércio de seda no século 19 - com 25.000 teares de seda na cidade e um influxo dramático na fabricação de seda artesanal em pequenas oficinas locais.
Jacquard continuou seu trabalho até que em 1804/05 ele introduziu um acessório que fez com que qualquer tear que o usasse fosse chamado de "tear Jacquard". Em 1806, o tear foi declarado propriedade pública, e Jacquard foi recompensado com uma pensão e um royalty em cada máquina. O sistema de cartões perfurados usado em seu funcionamento tornou-se um protótipo para os primeiros computadores mecânicos, e em parte inspirou o matemático inglês Charles Babbage (1791/1871), a criar o conceito de uma máquina de calcular sob controle do cartão perfurado.
O conhecido retrato de Jacquard sentado à mesa com um pequeno modelo de seu tear foi tecido em 1839 em seda fina por uma empresa em Lyon usando um tear de cartão perfurado Jacquard. A imagem levou 24.000 cartões para produzir, e cada cartão tinha mais de 1.000 posições de furo. O sombreamento delicado, as sombras trabalhadas e a resolução do retrato de Jacquard desafiou as noções existentes de que as máquinas eram incapazes de sutileza. As gradações de sombreamento eram certamente uma questão de gosto artístico e não de maquinaria, e o retrato borrava as linhas claras entre a produção industrial e as artes.